Excluindo os serviços públicos administrativos e sociais, o setor formal dos serviços (comércio, turismo, transportes, atividades financeiras e imobiliárias, educação, saúde e serviços administrativos privados) oferece emprego a mais de 6.000 activos com forte concentração dos locais de emprego na Cidade de Olhão.
O setor dos serviços é dominado pelo Comércio com 1.166 empresas e cerca de 2.500 empregados, sendo, essencialmente, comércio de retalho de nível local, com exceção de algumas empresas grossistas, armazenistas e distribuidoras de peixe, produtos alimentares e materiais de construção, com destaque para as localizadas na Zona Industrial.
O setor do Alojamento e Restauração (475 empresas e 1.000 empregados), apesar de assumir alguma importância pelos serviços ligados ao turismo na área da restauração, não tem a expressão económica que atinge nos concelhos turísticos da Região.
A oferta de restauração é abundante e disseminada por todas as freguesias do Concelho, enquanto que a oferta de alojamento se resume a um número limitado de estabelecimentos hoteleiros, estabelecimentos de turismo rural e parques de campismo.
No concelho de Olhão existe um Hotel de 5 estrelas de média capacidade (com 136 quartos duplos e 12 suites), localizado na Cidade e sobranceiro ao mar; um Hotel Rural de 4 estrelas em Pechão (22 quartos); um Hotel Resort de 4 estrelas em Moncarapacho (52 quartos); um Aparthotel com campo de golfe na Reserva Natural da Ilha da Fuseta (56 apartamentos); um estabelecimento de Turismo Rural em Quelfes; 3 pensões em Olhão; e 2 parques de campismo, na Fuseta (450 lugares) e em Olhão (2.000 lugares). Existe ainda um porto de recreio ao serviço do turismo.
Embora se admita a existência de estabelecimentos os quais não foram reconhecidos interesse para o turismo e que, por via disso, não foram contabilizados no conjunto oficial de estabelecimentos e hóspedes, os elementos estatísticos relativos ao Turismo no Concelho, referentes a 2009, revelam uma posição ainda modesta no contexto regional, ainda que algumas unidades referidas no parágrafo anterior (de instalação recente) não figurem nestas estatísticas. Trata-se de um setor cujo potencial de desenvolvimento no Concelho reclama uma adequada reflexão estratégica.
Quadro 15 - Posição relativa da hotelaria de Olhão no contexto regional
Indicadores | Olhão | Região | % |
Estabelecimentos hoteleiros classificados (nº) | 4 | 395 | 1,0 |
Capacidade de alojamento (camas) | 184 | 95.910 | 0,2 |
Dormidas (nº) | 11.920 | 12.927.603 | 0,1 |
Hóspedes (nº) | 4.291 |
2.739.440 |
0,2 |
Taxa de Ocupação - cama (%) | 18,3 | 40,9 | - |
Estadia média (nº de noites) | 2,8 | 4,7 | - |
Fonte: INE- Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009.
Entre os restantes serviços destacam-se os serviços relativos a transportes e armazenagem e os serviços ligados à atividade imobiliária, seguradora, bancária e a prestação de serviços a empresas. O setor de transportes, armazenagem e comunicações, que beneficia da existência do porto de pesca e da proximidade relativa ao porto comercial de Faro e ao Aeroporto, é constituído por 65 empresas e empregava 182 pessoas, em 2008, com um volume de negócios inferior a dez milhões de euros, cerca de 150.000 euros por empresa. Nos serviços imobiliários e de apoio a empresas, existiam em 2008 mais de 550 empresas com cerca de 750 empregados e um volume global de negócios de cerca de 28 milhões de euros (cerca de 50.000 euros por empresa). Trata-se de empresas pequenas ou microempresas envolvidas no imobiliário e na prestação de serviços, em que o principal desafio remete para o incremento do conteúdo inovador da sua atividade como condição de sobrevivência.
No seu conjunto, o setor terciário do Concelho de Olhão apresenta grandes fragilidades de dimensão e de competitividade no contexto da grande aglomeração do Algarve Central, revelando incapacidade para acompanhar as dinâmicas de modernização do comércio, do turismo, dos transportes e dos serviços ao cidadão, que vão animando muitos dos principais centros urbanos da Região.